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Direto da capital francesa

Paris e São Paulo

Não quero de maneira alguma rivalizar estas duas metrópoles que tive a honra de chamar de casa. Mas achei que seria justo estrear o meu blog aqui no Estadão, colocando a cidade Luz frente a frente com a cidade da garoa.

Por Giovanna Saba
Atualização:

Já morei em Paris anteriormente e tive outras longas estadias por aqui. São Paulo, entretanto, sempre foi a minha casa. Adorava andar na Av. Paulista no domingo à tarde ou tomar um suco bem fresco e natural (o que não existe aqui) no bairro do Tatuapé.

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Quando cheguei na capital francesa, estava (e ainda estou) maravilhada. O bairro Le Marais, o cemitério Père Lachaise e o Bois de Vincennes me deixaram de queixo caído. Masassim que o garçom colocou o suco de garrafa na minha mesa, caiu a ficha que eu estava bem longe de casa. Mas tudo bem, pensei, estou em Paris!

Pouco a pouco meu coração se dividiu entre as duas cidades. Me deliciei com o crepe de Nutella, mas morria de saudades do feijão. As particularidades de cada capital formaram um tremendo triângulo amoroso. Mas o que me divide tanto assim? Tentarei encontrar a resposta até o final deste texto.

Antes de tudo, vamos para os números. Ou como dizem aqui: les chiffres. C'est parti !

Paris tem2 240 621 habitantes espalhados em uma área de 105,40 km². Nossa cidade, carinhosamente apelidada de Sampa, é a moradia de 11 895 893 pessoas com uma área de 1 522, 986 km².Enquanto a temperatura média no mês de janeiro é de 5°Cna capital francesa, os paulistanos aproveitam o calor da alta temporada para ir à praia e fugir da correria, sob temperaturas que superam facilmente os 30°C.

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Apesar dos números diferentes, Paris e São Paulo tem muito em comum. Ambas as cidades são extremamente multiculturais e já receberam muitos imigrantes italianos, portugueses, japoneses e árabes.

As duas metrópoles também encaram o dilema da poluição intensa. Mas diferentemente do Rio Sena, os nossos queridos Tietê e Pinheiros continuam como símbolos da poluição hídrica.

Aqui é raro 'tomar uma breja' depois do trabalho, mas um bom café está valendo. Ao invés de um delicioso pãozinho francês, que são servidos apenas em cantinas escolares, os franceses compram um bom croissant na boulangerie da esquina. Em Paris, o cobrador no ônibus e no metrô aparecem de surpresa. E no verão, enquanto o Tietê judia dos passantes com o seu mau cheiro, os franceses aproveitam o tempo para fazer um piquinique na beira do Rio Sena. Aqui, o queijo não é aperitivo, é sobremesa! D'accord ?

Poderia passar horas e horas falando de São Paulo e Paris, mas decidi mostrar pouco a pouco as semelhanças e diferenças entre essas duas cidades que eu amo. Tudo bem para vocês?

Entre os posts do À Paristana, você poderá acompanhar as minhas aventuras parisienses no Instagram @giovannasaba.

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À bientôt !

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