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Arquitetura, decoração e design

Designer popstar

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Por Ana Garrido
Atualização:

    Marcelo Lima ? O Estado de S.Paulo Uma imagem vale mais do que mil palavras. E o designer egípcio Karim Rashid parece saber muito bem disso. Cuidado nos mínimos detalhes, seu visual pink futurista faz dele uma figura notada em qualquer lugar do mundo onde circule. No Brasil não é diferente. Atraindo uma trupe de seguidores em todos os lugares por onde passou ? o designer esteve em São Paulo para lançar produtos para a Oxford ? , ele parece se sentir em casa por aqui. ?O brasileiro é aberto, gosta de ousar. Por isso se identifica com o que eu faço?, disse ao Casa, em entrevista exclusiva concedida em meio à agitação da Gift Fair, última etapa de sua movimentada agenda paulistana. Entre idas e vindas, o senhor visita o Brasil há mais de uma década. Como vê o público brasileiro e o que mudou na sua percepção do país? É verdade. Me sinto muito bem recebido aqui e acredito que isso aconteça porque o público brasileiro entende meu trabalho. Assim como no Brasil, existe muito de inspiração e prazer nele. A comunicação é direta. Quanto à percepção que tenho do país, sinto o Brasil não apenas mais amadurecido economicamente, mas também que ele quer se mostrar mais. Sair da concha, para, enfim, se transformar em um ator global. O recente projeto para a Oxford caminha nessa direção? De certa forma, sim. Trata-se de uma abordagem contemporânea para utensílios domésticos tão ancestrais quanto aparelhos de jantar, jogos de chá e café, taças e copos de cristal. São 14 linhas que chegarão aos mercados brasileiro e internacional no próximo mês, em uma ampla gama de cores, grafismos e formatos. Meu desejo é ver as pessoas vivendo seu tempo, participando do mundo de hoje, sem nostalgia. E é disso que fala este projeto. Diante da indústria, o senhor se sente mais um artista ou um designer? Me sinto um artista a quem interessam os processos industriais. Já tive a oportunidade de percorrer indústrias em todo o mundo e em cada uma delas descubro algo novo, capaz de fazer do meu trabalho algo mais abrangente, acessível e, por que não, democrático. Sim, tenho a ambição de atingir o maior número possível de pessoas com meu trabalho e a indústria, ao contrário de me limitar, propicia isso. Aliás, foi para isso que nasceu o design, não foi?    

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