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Dicas e curiosidades sobre animais

Pet Business: mesmo com a crise, o mercado pet prospera

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Por Luiza Cervenka
Atualização:

Tine Steiss/Creative Commons Foto: Estadão

Um dos assuntos mais comentados nas rodas de conversa é a crise econômica brasileira. Alguns dizem que é boato. Muitos já perderam seus empregos. Enquanto lojas fecham e montadoras dão férias coletivas, o mercado pet prospera.

Cães e gatos são os bebês da nova geração. Muitos casais optaram por não ter um filho humano, mas gastam o que podem e o que não podem para agradar o bebê peludo. Por conta disso, o mercado pet terá crescimento no faturamento em 2015. Claro que esse aumento está abaixo do esperado.

Mays Business School at Texas A&M University/Creative Commons Foto: Estadão

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Previsões da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) indicam que, em 2015, o setor atingirá R$ 17,9 bilhões em faturamento. Um aumento de 7,4% sobre 2014. Todavia, em relação a 2013, o crescimento foi de 10%, com faturamento de R$ 16,7 bilhões.

Hoje, no mundo há 1,56 bilhão de animais de estimação. O Brasil permanece o 4º maior. Em primeiro, está a China, com 289 milhões, e depois vêm Estados Unidos com 226 milhões e Reino Unido, com 146 milhões. No entanto, somos o segundo em população de cães e gatos, atrás dos Estados Unidos.

Mesmo com este contingente, o Brasil, que era o segundo maior mercado pet, caiu uma posição no ranking mundial. Agora está atrás dos Estados Unidos (41,8%) e do Reino Unido (6,5%), com 6,3% do mercado mundial. A previsão é que os Estados Unidos tenham 41,7% do faturamento, o Reino Unido 6,4% e o Brasil, apenas 5,4%. A queda é devida à alta do dólar sobre o real.

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Abinpet Foto: Estadão

Em 2015, as exportações devem atingir quase 4,1% sobre 2014. Porém, umas das maiores dificuldades ainda é a carga tributária. A cada R$ 1 pago pelo brasileiro em produtos pet, R$ 0,50 são impostos.

Esse cenário foi observado entre os dias 27 e 29 de outubro, em uma das principais feiras do setor, a Pet South América. Foram diversos expositores, de diferentes nacionalidades.

 Foto: Luiza Cervenka

A melhor forma de conter a crise, ainda é o aperfeiçoamento do profissional. Para isso, a feira contou com congresso, arena do conhecimento e diversas atividades para valorização do médico veterinário. "Uma área que tem dado muito retorno financeiro é a de groomers [tosadores]. Por isso, a feira deste ano teve enfoque maior em aulas e atualização desse tipo de profissional" explica Ligia Amorim, diretora geral da Pet South América.

 Foto: Luiza Cervenka

A empresa Pet Society, do ramo de embelezamento, acredita que mesmo durante a crise, o proprietário não deixa de cuidar do seu bichinho. "Conseguimos observar a crise, mas o mercado pet ainda pouco sentiu. Independentemente da crise, cães e gatos se tornaram membros da família. O proprietário pode deixar de jantar fora, mas não deixa de levar ao veterinário e comprar a ração" comenta Fernando Martini, gerente geral de negócios.

Mas não são todos que estão sorrindo: "Percebemos uma dificuldade nos pet shops. Antes o banho era semanal. Agora o proprietário começou a dar banho em casa e só leva para o profissional a cada 15 ou 30 dias" reforça Martini.

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João Paulo Corrêa de Carv/ Creative Commons Foto: Estadão

Antônio Carlos Côrtes trabalha no ramo de importação há 20 anos. Em 2013 fundou a Majpet e começou a investir nos pets. "Observamos uma carência de bons produtos e novidades para pets, que já são consolidadas no exterior. É um dos mercados que mais cresce no Brasil. Isso devido à tendência de aumentar o número de cães e gatos e pelo prazer de ter um bichinho em casa" afirma. Apesar da alta do dólar, a empresa mantém preços competitivos e a esperança de que tudo melhorará.

O que mantém a perspectiva dos empresários é a chance de melhora do poder aquisitivo do brasileiro e o aumento do número de pets. "Já estamos fazendo planos para 2020. É um mercado que vai continuar crescendo apesar da crise, como mostram as pesquisas do IBGE" informa Fernando Martini.

dana byerly/Creative Commons Foto: Estadão

Ao conversar com donos de pet shops, pude observar que alguns clientes estão diminuindo a frequência. Porém, novos clientes chegam. Investir em um diferencial é uma das melhores armas para manter o crescimento e atrair novos clientes.

Momento de crise: use a criatividade

Com a crise, muitos pet shops lançam promoções de serviços e produtos. Ficar atento, ajuda na economia. Converse sobre a possibilidade de pacotes de banho. Pesquise preço de ração e sempre peça um desconto.

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Fazer comida, dar banho em casa e inventar novos brinquedos são opções que devem ser acompanhadas pelo médico veterinário.

Na próxima sexta-feira, dia 06/11, teremos a agenda animal. Até lá!

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