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Dicas e curiosidades sobre animais

Reiki em animais: para que serve?

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Foto do author Luiza  Cervenka
Por Luiza Cervenka
Atualização:

Creative Commons/Daniele Nicolucci Foto: Estadão

Você conhece a técnica de cura pelas mãos, chamada reiki? Criada no começo do século vinte pelo japonês Mikao Usui, o reiki é uma técnica de alinhamento dos meridianos energéticos. Na medicina oriental, acredita-se que a doença é apenas a consequência de uma desarmonia dos corpos mais sutis. Ao fazer a energização, por meio da imposição de mãos, há o realinhamento dos canais de energia, restabelecendo a saúde física e emocional.

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Pode parecer complexo ou até difícil de traduzir em palavras, mas os benefícios do uso dessa técnica são facilmente percebidos. Aplicado em humanos, o reiki também ganha os consultórios veterinários e ajuda na melhora de diversos peludos.

Apesar de ter nascido no século passado, foi somente neste século que o reiki em animais ganhou mais adeptos. Além de aumentar a procura de proprietários de animais de estimação por essa técnica, diversos veterinários se especializam para atender de uma forma mais holística.

Creative Commons/Tony Nguyen Foto: Estadão

A médica veterinária Sabrina Furnari conheceu o reiki antes mesmo de fazer faculdade. "Sempre me identifiquei com a técnica e aplicava nos pacientes em tratamento, sem que os donos soubessem" comenta. Após anos de tratamento de cães e gatos com remédios convencionais, a dra. Sabrina seguiu sua grande paixão. Hoje trabalha com terapia integrativa (acupuntura, reiki e ozonioterapia) e relata a eficácia das medicinas alternativas. "O reiki ajuda a diminuir os efeitos colaterais dos remédios, diminuir a dosagem dos fármacos e até a espaçar crises de doenças sem cura" relata dra. Sabrina.

 Foto: Fernanda de Moraes Dantas

Um dos casos mais icônicos foi o do cãozinho Fubá da raça welsh corgi. Diagnosticado com atopia e lúpus, ambos sem cura, o peludo vivia a base de antibiótico e corticóide. Havia passado por diversos tratamentos e nenhum surtia efeito por muito tempo. A pele vivia ferida e suas dores só aumentavam. A psicóloga Fernanda de Moraes Dantas, dona do Fubá, buscou a dra. Sabrina para uma avaliação. Como estava em crise, a veterinária aplicou o reiki durante a sessão, mas deu continuidade a distância. "Segundo a física quântica, a energia ultrapassa tempo e espaço. Através de símbolos do reiki, é possível fazer um tratamento sem que o animal esteja no mesmo ambiente" esclarece dra Sabrina.

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Após uma semana recebendo reiki, as feridas de Fubá estavam muito melhores. Além disso, o peludo estava mais ativo e com menos dor. "Eu já conhecia o reiki e sabia de sua eficácia, mas jamais imaginei uma resposta tão rápida" confessa Fernanda.

Hoje, Fubá mantém o tratamento com remédios e reiki. As crises ainda acontecem, mas muito mais esporádicas e menos intensas. Fernanda ficou tão encantada com a técnica que já levou outros dois cães para a consulta de reiki.

A dra. Sabrina conta que, além de fazer a energização nos animais, também aplica nela mesma, quando vai atender os animais. "Como atendo na casa do animal, faço reiki em mim, para chegar mais harmonizada. Assim, ele me recebe melhor e não fica tão estressado por ter um estranho em seu território" relata.

A procura por esta técnica é tanta, que o médico veterinário Ricardo Garé abdicou do atendimento tradicional e criou a marca "reiki veterinário". Hoje, atende a domicílio para aplicar a energização pela imposição de mãos. "A técnica auxilia quando o animal tem problemas de comportamentos, traumas emocionais, doenças sem cura, dores constantes ou mesmo para confortar animais que estejam no final da vida" indica dr. Garé.

Além dos atendimentos, Ricardo Garé ministra cursos de reiki para médicos veterinários, proprietários de cães e gatos ou pessoas que queiram trabalhar com a técnica. "O mais importante que explico no curso é que o ser humano influencia diretamente no tratamento do animal. Se o tutor estiver com problemas pessoais e não se cuidar, a resposta do reiki no animal poderá ser mais lenta. É importante que tutor e cão/gato se cuidem" alerta.

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O reiki pode não curar uma doença séria, como é o caso do lúpus do Fubá, mas com certeza aumenta a qualidade de vida. Isso já é comprovado cientificamente em diversos estudos feitos nos EUA e até aqui no Brasil. A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) encabeça pesquisas sobre os benefícios do reiki em pessoas idosas.

Com todas essas comprovações, hospitais famosos, tidos como os melhores do Brasil, adotaram o uso do reiki em pacientes com câncer. Além de diminuir os efeitos colaterais da quimioterapia, proporciona um maior relaxamento e melhora da resposta à medicação.

São diversos os benefícios para humanos e animais. Se você ainda duvida da eficácia da técnica, veja as fotos do antes de depois do Fubá.

 

 Foto: Sabrina Furnari

 Foto: Sabrina Furnari

 

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