Os poetas e músicos cantam os mais diversos sentimentos, bons e ruins. Por que não cantam a convalescença? Esta merece cantos e mais cantos!
Pois a convalescença é como o início da primavera: luz límpida, amor, odores, sons da natureza, sabores.
A convalescença deixa para trás a doença e abre o panorama para a saúde, física e psíquica, bem adiante, mas já vislumbrada.
Pois a convalescença é uma zona de penumbra, entre a escuridão (doença) e a luz (saúde).
Fica ali entre a terra e o céu, como um balão, que navega lentamente por paisagens, numa das quais logo descerá.
A convalescença é como o pressentimento de um gatinho, que avista uma pessoa amiga, e estuda aproximar-se dela.
Convalescer, física e psiquicamente, é como perdoar a si mesmo e aos que estão próximos. É uma zona de penumbra entre o ódio e o amor, com vislumbre de que o amor prevalecerá.
Poetas e músicos, cantem a CONVALESCENÇA. Ela é o prólogo da leitura de um dos capítulos agradáveis da vida.