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Comportamento Adolescente e Educação

10 dicas para fazer seu filho comer (bem)

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Por Carolina Delboni
Atualização:

Faça pratos coloridos, procure colocar pelo menos um verdinho, faça acordos, faça carinhas... Faça, faça, faça!!! A lista é extensa e a criatividade também, agora se você continuar trocando refeição por leitinho só porque ele pede...tá perdida!

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Experimente dar um Google na internet com esse título acima e você verá as zilhões de páginas que aparecem com dicas e soluções mágicas para fazer seu filho comer. Mas ninguém diz que o primeiro passo é ter firmeza. Ceder as vontades da criança só piora o situação e não vai adiantar entrar em pânico depois. Porque mãe se desespera com filho que não come comida, mas fica de coração partido quando ele pede o leitinho quente. E a criança cresce trocando refeição por beliscos. Porque uma boa alimentação precisa de equilíbrio e não meio termo. Eu disse equilíbrio, não radicalismo.

 

Segundo dados do Ministério da Saúde, temos um quadro hoje no país onde uma em cada quatro crianças são obesas. Uou! Chocante não é? O país da fruta, do sol e da água de coco, educa crianças a comerem pacotes de salgadinhos e bolachas recheadas. E recharcham a filha da Bela Gil na internet porque a menina levou batata doce no lanche. Deveria seguir de exemplo, estímulo, incentivo.Mas do lado oposto (ou nem tão oposto assim), tem o quadro Medida Certa, em horário nobre no Fantástico, na Globo, que revela o sedentarismo e maus hábitos alimentares da família brasileira.

 

Mais um alerta vermelho aqui. O aumento do consumo de industrializados têm sim contribuído para o crescimento absurdo de criança alérgicas no país. Segundo a ASBAI, Associação Brasileira de Alergias, 30% da população hoje é alérgica, sendo 20% dessa amostra crianças. Porque elas levam suco de caixinha todo santo dia pra escola onde contem 40% de açúcar em sua composição, levam Danoninho que contem corante e acidulantes em excesso, levam bisnaguinha que é rica em sódio e por ai vai. Ok. Ninguém aqui está falando que é fácil fazer lancheira natureba todo dia. E nem que precisa ser natureba todo santo dia. Mas o eventual não pode virar regra, porque senão vira hábito.

 

Um bom prato de arroz e feijão vale muito mais do que você pensa. Coragem. A decisão do que a criança vai comer não é dela, é sua. Não faça perguntas do que ela acha, o que ela quer, se está bom porque você pode se frustrar com a resposta e dai vai precisar engolir a seco, literalmente. Adulto tem noção de causa e efeito, então precisa exercer a autoridade. A criança precisa de alguém pra confiar e não fazer perguntas. E não vale apelar pro "se você comer depois eu te dou isso". Chantagem não! Alimentação não é moeda de troca. Introduza um alimento diferente por semana. Vá aos poucos. Troque a qualidade do que você põe a mesa. Mostre as diferentes possibilidades de comer um alimento. Não precisa ser apenas puro, pode ser num arroz, num escondidinho, no omelete... Não como imposição, mas como proposta. E quando tiver o eventual, o dia da pizza ou do hambúrguer, vai ser uma farra! Tudo com coragem e amor. Porque amor educa muito mais do que a canção Meu Coração, no comercial de Chambinho

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