"Informo que o L. entrará de férias escolares dia 10/07 retornando às aulas dia 27. Assim, como nos anos anteriores, disponibilizo o período de 10 a 17 caso queira novamente fingir mais um pouco de pai (sic) para seu círculo de ingênuos amigos, tontos irracionais de Facebook e cúmplices de mídia (...). As condições pra exercer seu direito continuam as mesmas:
- informar onde L. estará a cada dia enquanto sob seus cuidados: endereços, ocupantes do imóvel, avaliação prévia do conselho tutelar local se onde L. ficará tem condições de segurança e higiene de receber uma criança de dez anos
-quem serão os cuidadores de L., se você por um milagre tiver alguma ocupação trabalhista
-informar se detêm condições financeiras para o sustento do L., pois ele agora faz cinco refeições por dia, o que deverá ser demonstrado e garantido que será mantido(sic).
- informar se faz uso de substâncias alucinógenas
Caso você não responda a este comunicado, nem às informações solicitadas, até dia 09/07/15 às 12 horas L. viajará com a família só retornando dia 26/07/2015."
O pai, ao responder aos e-mails, nos retira da conversa. Mas quando a mãe o faz, estamos de volta à plateia. Sem pedir, é claro. E aí conseguimos ler a resposta do pai:
"Alegra-me saber que a interferência do Ministério Público e Conselho Tutelar de (nome da cidade onde o menor mora) tenham surtido efeito positivo, nesta tumultuada relação entre nós, os genitores do L. possibilitando que eu falasse com ele, depois de 9 meses e 3 semanas sem nenhum tipo de contato, na data do aniversário dele. Muito obrigado por permitirem, fizeram um bem enorme a ele.
Bem sabemos que esta relação poderia ser bem mais tranquila para a criança, mas por não boa sorte do destino, nosso filho está refém das estratégias de ludibriar o judiciário.
Sinto informar que hoje percebo claramente a movimentação de vocês no sentido de inviabilizar as férias dele comigo, como também os dias de visitas, que desde que vocês o raptaram do condomínio que morávamos, em 29 de Dezembro de 2012, tanto ele quanto eu não nos foi possível desfrutar.
O telegrama com endereço trocado em 2013, a impossibilidade de ligar pra mim, pois vocês resolveram inverter um dos números do meu telefone fixo, e agora as mesmas exigências que envolvem conselho tutelar, terceiros, e quiçá o imposto de renda, não as aceitarei e tão pouco cairei em vossas armadilhas.
Portanto, apesar da imensa saudade que sinto dele e certamente ele sente de mim, vou me ater às determinações da sentença judicial que lhe conferiu a guarda unilateral, porém não inviabilizou qualquer contato dele comigo.
Sendo que o período de férias neste estado começará na próxima sexta feira, 10 de julho, e estenderá até o dia 31 de julho do corrente ano, conforme a sentença judicial está determinado que você deve ficar com ele na primeira metade e eu na segunda metade do referido período.
Sendo assim, no dia 20 de julho de 2015, pegarei meu filho no endereço atualizado pelo Ministério Público na cidade de (nome da cidade) e o devolverei no dia 31, nesta mesma cidade e endereço residencial.
Esta atitude vem contribuir para que desde já acertemos o calendário para minhas visitas quinzenais, que será norteado pela data de devolução do L. (31/07/2015). Ou seja, a cada quinze dias depois desta data, às 18 horas das sextas-feiras, estarei na porta do condomínio que vocês residem para pegá-lo, e o mesmo se dará às 18 horas dos dias de domingo para devolvê-lo.
Em relação as suas provocações tenho a dizer, aliás, repetir o que já lhe disse antes: Ninguém consegue enganar a todos por muito tempo..."
No dia combinado pela justiça, segundo o e-mail anterior, percebo que o pai chega à cidade onde o filho mora para pegá-lo. Como eu sei disso? Recebo, sem pedir, mais um e-mail da mãe do menino, que pelo que me parece, não pretende deixar que os dois passem as férias juntos.
"Como responsável pelo L. não posso permitir que meu filho saia de férias com o genitor sem que este informe as mínimas condições a que L. estará exposto, principalmente se o genitor voltará a se drogar na presença de meu filho.