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Dores femininas: saiba quais são e como tratar

Pesquisa aponta que 75% das mulheres deixam de cumprir obrigações do dia a dia devido a situações de mal-estar físico

Por Marcela Lima
Atualização:

Indisposição, cólica menstrual, dores de cabeça, nas costas e em áreas tensionais – pescoço, ombro e nuca. Estes não são sintomas de doenças, mas afetam fortemente a vida das mulheres entre 16 e 40 anos. É o que mostra um estudo encomendado pela Sanofi ao Conetaí – empresa do IBOPE – e divulgado em setembro. De acordo com a pesquisa, 75% das entrevistadas deixam de cumprir obrigações do dia a dia devido a dores.

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“Conceituamos como dor crônica a dor persistente, que dura mais de seis meses”, diz Marair Sartori, ginecologista e professora do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Neste contexto, 76% das mulheres sofrem ou já sofreram de cólica menstrual e 66% sentem dores mensalmente. Além disso, 61% das entrevistadas relataram ter dores fortes ou extremamente fortes.

Cerca de 71% das entrevistadas disseram utilizar medicamento específico para amenizar o incômodo. No entanto, para diminuir a intensidade é necessário investir em exercícios físicos recomendados por profissionais e em alimentos funcionais. Na maioria dos casos, somente a mudança nos hábitos alimentares aliada à prática de exercícios físicos pode resolver. Já em pacientes com quadros que apresentem dores ao extremo e sangramento excessivo, um ginecologista deve ser consultado para indicar qual o melhor tratamento para a paciente e identificar uma possível endometriose. “A gente tem de trabalhar para que a mulher não sofra desnecessariamente”, diz Marair.

Outro incômodo vinculado aos períodos pré-menstrual e menstrual é a mastalgia cíclica, ocasionada por alteração caracterizada por dor nos seios e até mesmo nodularidade mamária. Entretanto, se os nódulos não sumirem após a menstruação e se houver dor recorrente, o recomendado é procurar um ginecologista.

Alimentação como aliada. Para diminuir inflamações ou mesmo para não gerar mais agressões químicas ao organismo, o nutrólogo Gabriel Biancardi, do Hospital 9 de Julho recomenda que a mulher aposte em carboidratos de baixo índice glicêmico, proteínas magras e boas fontes de lipídeos (ômega 3, oleaginosas, azeite de oliva, abacate). Dentre as oleaginosas, a única restrição é em relação à castanha de caju. De acordo com o nutrólogo, como ela não pode ser consumida in natura, é torrada e pode pode perder muito de suas propriedades, além de sofrer adição de sal.

Biancardi alerta que devem ser evitados produtos multi-refinados e multi-processados, derivados de farinhas brancas refinadas e os ricos em gorduras hidrogenadas. “O alimento de alto índice glicêmico gera pico de insulina, que induz a produção de mais hormônios inflamatórios, gerando mais fome e fazendo com que o corpo estoque mais energia em forma de gordura”.

Quando o assunto é chocolate, a indicação é preferir os alimentos com alto teor de cacau aos produtos ao leite, ricos em gordura e açúcar. “O chocolate não auxilia na dor nem dos sintomas, é mais um alívio psicológico, qualquer outro doce teria o mesmo efeito", alerta o médico.

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