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Estilista cria luminária inspirada por um de seus vestidos

È a segunda incursão da estilista no mundo do design. Antes, ela havia desenhado um banco para um de seus desfiles

Por Marcelo Lima
Atualização:
A estilista Fernanda Yamamoto vestindo uam de suas criações Foto: Divulgação

Conquistar o 1.º lugar na categoria têxtil na edição do ano passado do Prêmio Design MCB representou uma dupla conquista para a estilista Fernanda Yamamoto, uma das profissionais mais bem cotadas de sua geração que sempre cultivou interesse especial pelo universo do design. “O prêmio sinalizou o reconhecimento do meu trabalho também nesse segmento”, afirma ela, que, por meio de uma de suas criações – um vestido feito para a coleção Verão 2015, com 100 quadrados de tamanhos diferentes, aplicados sobre uma base de tule transparente –, acabou recebendo o convite da paulistana Bertolucci para desenvolver uma linha de luminárias. “Tanto no vestido quanto na luminária a ideia foi dar a impressão de que os quadrados flutuavam”, revelou a estilista nesta entrevista exclusiva ao Casa.

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De onde vem seu interesse e como se deu sua aproximação com o universo do design?

Sempre tive o desejo de explorar outros suportes além da moda. Acredito que criação de objetos e roupas guardam muitas semelhanças. Para mim, design e moda, de certa forma, caminham juntos. “Vestir” espaços, que é como conceituo minha dinâmica de atuação na área, surgiu como consequência. Como um desdobramento natural do meu trabalho como estilista.

Comente seus projetos já realizados na área.

Meu primeiro trabalho, o banco Pedra, feito em parceria com o coletivo PAX.ARQ, surgiu em decorrência de uma de minhas coleções de moda. Mais especificamente de uma peça que compunha o cenário do meu desfile de inverno de 2014. A ideia era deixar várias pedras forradas com carpete felpudo ao longo da passarela. As pessoas ficaram com vontade de sentar nas peças e a partir daí surgiu a ideia do banco. Para viabilizar a produção do móvel, fiz uma parceria com os arquitetos Paula Sertório e Victor Paixão, do coletivo. Também a luminária surgiu como desdobramento de outro produto de moda. No caso, o tecido “quadrados”. Na entrega do prêmio no MCB, a Eneida Bertolucci viu o produto e, no ato, me convidou para desenvolver a linha de luminárias.

Quais os pontos de convergência – e de antagonismo – entre seus projetos de moda e design?

Minha sensibilidade e meu olhar para a moda e para o design são os mesmos. O suporte e a funcionalidade é que são diferentes. Mas vestir um espaço, acrescentando a ele um objeto, é muito diferente de vestir um corpo.

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Pretende continuar produzindo objetos? Que tipo de produto gostaria de desenvolver?

Gostaria de realizar mais parcerias. Não tenho conhecimento técnico na área, por isso, gostaria muito de me unir a quem tenha. A troca entre moda e design pode ser riquíssima.

Vestido de Yamamoto que inspirou a criação da luminária Quadrados Foto: Divulgação
A luminária Quadrados, desenhada por Fernanda para a Bertolucci Foto: Divulgação
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