Loja garimpa objetos que carregam memórias e reutiliza sacolas de outras marcas

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Por Marcelo Lima
Atualização:
A loja Amoreira fica no Alto de Pinheiros Foto: Divulgação

Não que a dupla de amigas, primas e proprietárias da loja Amoreira, Cristina Rogozinski e Fernanda Rezende, não agrade a ideia de vasculhar endereços-chave à caça de novidades. Mas hoje os tempos são outros. “São os fornecedores que acabam vindo até nós. Já têm uma ideia clara do que pode nos agradar”, conta Fernanda. Como sugere seu nome, “árvore que dá amor”, a loja, desde sua abertura, em 2010, vem investindo na retomada da memória afetiva ligada ao desenho de móveis e objetos. “E a resposta do público não tem deixado nada a desejar”, diz Cristina. A dupla falou ao Casa sobre o espírito da loja. 

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Como surgiu a Amoreira? Cristina Rogozinski: Na prática, de uma bazar beneficente que organizamos em 2003 e que após três edições de enorme sucesso nos colocou diante de uma questão crucial: ou paramos com o bazar ou abrimos uma loja. A receptividade foi tanta que sentimos que era chegada a hora de abrir um negócio com base na experiência adquirida. Hoje funcionamos como uma loja, temos mais de 200 fornecedores, mas fazemos questão de conservar o frescor dos primeiros tempos. 

Fernanda Rezende e Cristina Rogozinski, da Amoreira Foto: Divulgação

O que singulariza a loja? Fernanda Rezende: Acredito que, antes de mais nada, nosso espaço físico. Ocupamos um galpão de 250 m², no Alto de Pinheiros, reformado pelo arquiteto Flávio Rogozinski, onde antes funcionava uma oficina mecânica. Fizemos uma ampliação, mas não revestimos nenhuma parede e a cobertura empregada é de segunda mão. Nos agrada trabalhar assim, evitando desperdícios. 

CR: Essa preocupação se manifesta também em nosso dia a dia. Por exemplo, cada vez que um cliente abre mão de levar sua compra em uma sacola nossa, depositamos R$ 1 na conta de uma entidade beneficente para a qual colaboramos. Se o cliente quiser, podemos fornecer uma sacola reciclada, que obtemos por meio de doações e customizamos com fita adesiva.

Loja Amoreira, no Alto de Pinheiros Foto: Divulgação

Como vocês compõem o mix de produtos? 

Procuramos não fazer distinções entre categorias de objetos. Temos móveis, acessórios, utilitários e até alimentos. No mais, tudo, literalmente tudo aqui, está à venda. Trabalhamos com peças carregadas de memórias, mas não de maneira deliberada. Elas remetem ao passado, mas não são necessariamente de época. Pelo contrário, pode até não parecer, mas a maioria é de produção recente.

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