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Objetos viajantes

A paulistana Carol Gay leva seus móveis e acessórios para além das fronteiras do Brasil e planeja novos produtos com grupo de designers

Por Natalia Mazzoni
Atualização:
Designer paulistana Carol Gay Foto: Marco Cimardi/Divulgação

A paulistana Carol Gay estudava arquitetura na Universidade Presbiteriana Mackenzie quando, no último ano da faculdade, um amigo a convidou para fazer um curso livre com uma dupla de designers no MuBe. Interessada em experimentar algo mais artístico que os projetos da faculdade, topou. Foi assim que Carol se apaixonou por design de mobiliário, encantada com a forma de pensar de dois irmãos, os Campanas. 

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“O curso A Construção do Objeto, em 1999, foi um marco para mim, que sempre achei que trabalharia só com arquitetura. Fui estimulada pelo Humberto e Fernando Campana a tirar dos materiais novas formas de pensar, a lidar com imprevistos e a lapidar o olhar para criar com o que vivemos no cotidiano”, conta Carol.

As peças produzidas nas aulas com a dupla renderam a primeira exposição da designer, no MuBe e na rede Tok & Stok, e também a formação de um grupo, composto pela turma do curso, o Notechdesign. “A gente criava com o que tinha em mãos e sem usar tecnologia em quase nenhuma etapa da criação.”

Trilhando sua carreira solo, já participou de exposições na Itália, França, Inglaterra, Alemanha e Coreia do Sul. Por aqui, acaba de apresentar peças inéditas, como a chaise Cinto (foto acima) e o vaso Bola (foto abaixo), na Exposição Internacional de Design e Arte (IDA), com curadoria de Marcelo Vasconcellos e Alberto Vicente, no Rio. À convite da influente caçadora de tendências holandesa Li Edelkoort, a designer expõe, até hoje, uma peça de vidro soprado na Embaixada do Brasil em Paris. Ela também prepara uma peça em homenagem ao centenário da arquiteta Lina Bo Bardi, que deve ser exposta e leiloada no ano que vem. 

“É gratificante ver meu trabalho viajando e levando nossa identidade de design. As redes sociais, que uso muito, com certeza contribuíram para essa propagação e ajuda a ir além”, comenta. A experimentação e a busca constante por novos materiais, como visto na luminária feita com mangueiras (foto abaixo) marcam o trabalho da design. O gosto por trabalhar em grupo também. “Faço parte do (In)Vasão, que conta com designers bacanas como Ana Neute, Rafael Chvaicer e Rodrigo Almeida. A ideia é criar novas peças para expormos juntos ainda neste ano.” 

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