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Texturas dominam os lançamentos da Expo Revestir 2016

Entre os lançamentos de revestimentos para pisos e paredes, as superfícies surgem desgastadas, oxidadas e até incineradas, com características que se revelam ao primeiro toque

Por Natalia Mazzoni
Atualização:
Porcelanato da coleção Blackwood (20 x 120cm) que imita madeira queimada, da Decortiles Foto: Divulgação

Neste ano, quem passou pela Expo Revestir notou que os tradicionais revestimentos lisos perderam definitivamente seu posto de principal opção para quem está escolhendo a nova roupa da casa. A maioria do que se viu na feira era um convite ao tato: revestimentos do tipo 3D e outros com estampa texturizada foram exibidos por boa parte das marcas presentes. As cores também tinham seu toque diferenciado, estavam com aspecto lavado, algo que parece flertar com o vintage. Seguindo essa mesma linha, os antigos cobogós também se destacaram, com formatos longe dos tradicionais, foram elevados ao posto de escultura. Outro sucesso entre o público que passou pela feira, os metais ganharam novas cores e até estilo industrial feito para a cozinha doméstica (mais informações na pág. 3).  “É nítido que a indústria investiu no que fez sucesso com o público nos anos anteriores e apresentou peças com acabamento muito mais refinado. Percebo que existe uma preocupação em fazer com que os efeitos propostos sejam os mais realistas possíveis”, diz a arquiteta Débora Aguiar. Sendo assim, para entender a proposta real de cada um deles, é preciso observar de perto e tocá-los. “Os porcelanatos que imitam pedra são ótimo exemplo. Já não é mais preciso investir num mármore, que, além de caro, tem a manutenção complicada. E em num banheiro com metais charmosos essas peças ficam perfeitas”, indica Débora. Para a arquiteta Carolina Whitaker, do escritório Samaia Arquitetura, os lançamentos deste ano são perfeitos para fugir do óbvio. “Os revestimentos 3D são capazes de, sozinhos, compor uma boa decoração. O segredo é fazer uma iluminação direcionada, para que a sombra do revestimento traga mais complexidade. Em um hall, por exemplo, não precisa de mais nada”, aconselha. Segundo a arquiteta, os tradicionais cobogós não precisam mais serem usados apenas para dividir ambientes. “Ficam ótimos em uma meia parede ou mesmo arrematando a divisão entre a pia e a sala, em uma cozinha integrada. E vão muito bem quando combinados a revestimento de aspecto lavado ou desgastado.”

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Para quem gosta de texturas, a arquiteta recomenda não exagerar. “Escolha uma só paredes. Ter muitos pontos de destaque dificilmente vai funcionar”, recomenda. Débora Aguiar acrescenta que as peças ricas em texturas são perfeitas para quem gosta de monocromático. “É uma opção segura para trabalhar uma mesma cor de diferentes formas”, conta. O arquiteto Marco Aurélio Viterbo destaca os porcelanatos de aparência lavada que imitam madeira. “Adoro a ideia de instalá-los em uma área molhada, o aspecto fica ainda mais real”, diz. As torneiras coloridas e de estilo industrial também chamaram sua atenção. “Quebram o aspecto estático de uma cozinha tradicional.” Quem comprar peças assinadas, pode valorizá-las criando um painel. “Funciona como um quadro. Vale também para os geométricos, ficam ótimos quando usados assim”, afirma Carolina. 

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