Milão - Giorgio Armani, um ícone da moda italiana, tem 81 anos. Há 40, lançou a marca homônima que arrebatou feministas e vestiu a primeira legião de executivas poderosas do mundo, nos anos 80. Seus ternos com caimento impecável e modelagens descoladas ditaram moda entre yuppies e deixaram a mulher confortável para exercer o comando das corporações. Ao final de seu desfile, na segunda-feira, 28, uma biografia, publicada pela Rizzoli, com imagens de toda a sua trajetória, foi lançada em um auditório armado ao lado da passarela.
Roupas que marcaram época, fotos de campanhas, de álbuns de família e de momentos casuais (Armani tocando guitarra com Eric Clapton, por exemplo) eram projetadas nas paredes enquanto a jornalista Suzy Menkes, da Vogue, prestava uma homenagem à história do designer. “O desfile foi um belo exemplo de como um criador pode manter a chama viva”, disse Suzy, referindo-se aos diversos tons de vermelho usados nos vestidos leves de organza que surgiram na passarela.
A inspiração inicial do Sr. Armani, como é chamado, foi a caixa de laca chinesa.“Em comparação com algumas outras coleções dos últimos 40 anos, esta foi uma Armani-luz. A mensagem arejada das roupas se encaixa perfeitamente ao humor geral de Milão nessa temporada”, concluiu a jornalista.
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