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Botânica e arquitetura no desfile da Osklen

De olho no marcado internacional, Oskar Metsavaht aposta na flora e nas obras de arte de Inhotim como mote de sua coleção apresentada em Nova York

Por Helena Tarozzo
Atualização:

Quarenta minutos antes, Oskar Metsavaht chega ao backstage do desfile de sua marca Osklen. Confere rapidamente a maquiagem e o cabelo das modelos, anda em volta dos profissionais de beleza, cumprimenta convidados e seus relações públicas internacionais. O olhar de Metsavaht é cirúrgico. Ele sabe que todos estarão, assim como ele, atentos aos mínimos detalhes.

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Essa é a quarta vez que a marca brasileira se apresenta na Semana de Moda de Nova York. E, nesta temporada de Primavera/Verão 2015, pela primeira vez, é a única nacional que está no line-up. Além disso, também apresenta com exclusividade uma coleção inteira no exterior que ainda não exibiu no Brasil. Em abril, ao invés de integrar o line-up da São Paulo Fashion Week, o estilista mostrou apenas algumas peças piloto para a imprensa. Priorizar o mercado internacional, ao que parece, é seu foco agora. 

A identidade internacional da marca já existe. Atualmente, há lojas e showrooms espalhados por 9 países diferentes, incluindo Estados Unidos, Japão, Françae Grécia. 

“Estar em uma semana de moda como essa é muito importante. Desfilar aqui força a minha equipe a se tornar cada vez mais internacional para conseguir bater a concorrência”, explica Metsavaht ao Estado. 

Inspirado na paisagem botânica, na arquitetura e na arte contemporânea de Inhotim, museu de arte contemporânea localizado em Brumadinho, Minas Gerais, Metsahvat levou à sua coleção uma união da geometria e da transparência da arquitetura com os jardins do museu. Após passar quatro dias imerso, fotografando o lugar e as obras, ele chegou ao tom da coleção. “Em Inhotim, as obras de cada artista ficam separadas em galerias. Ao sair delas, você tem um breve contato com a natureza para depois entrar em outra galeria. Quis trazer um pouco dessa sensação de expansão criativa que é estar entre esses dois espaços." 

O resultado são peças geométricas, feitas todas com os “e-fabrics” que a marca desenvolve, que são sustentáveis e orgânicos, que traduzem o desenho arquitetônico e a flora do centro cultural. Peças feitas em plástico transparente, linho de seda, palha de seda, tricô de seda e algodão dão o toque orgânico da coleção. As estampas tropicais se encarregam de trazer o frescor da paisagem para as roupas.

Na beleza, dirigida por Fabiana Gomes, da M.A.C. Cosmetics, a sintonia era a mesma. Natural e leve, com um aspecto de rubor de suor, inspirada em uma mulher que vai da selva para a cidade, mesclando os mundos arquitetônicos e naturais. 

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